Caminhos

Estou cansado de esperar. Sim! Estou com quase 22 anos, e até agora não encontrei um amor para me deitar em seu peito, esperando seu carinho. Tentei deixar o tempo me trazer alguém, só que ele não agiu… Por consequência, resolvi acordar cedo, e ir atrás de meu grande amor. Vou acha-la onde for, pois na última noite eu sonhei com uma moça, e rapidamente eu me apaixonei.

Fui parar no centro de São Paulo. Nunca vi tanta gente juntas! Caminhei… Caminhei… Caminhei… Dessa forma não haverá jeito, tenho que magnetizar outra forma. Busquei outros atalhos, a busca do coração. Infelizmente todos me deixaram sem noção. Fui fiel em minha busca, e o destino cruel em sua rebusca.
Depois da jornada, voltei sem meu amor, somente existia a dor, e o desanimo. Foi tão constante. Na volta, parei por um instante, do nada, meus olhos caminharam até uma bela rosa, incrivelmente comecei a esboçar alguns pensamentos, não aguento mais esta vida, estou em total fraqueza, preciso me preencher logo… Minha vida teve várias fases, e todos eles me levaram ao espelho da ilusão, deixando-me sem respiração por vezes.
Agora me encontro no meio da solidão, torcendo pelo meu coração, que analisa a rosa buscando alguma inspiração, para ter coragem de continuar a pulsar, gritando o meu não lamento, afugentando a amargura, pondo um final na morte, eternizando a ventura!
Caminhos fazem parte de nossa estrela, não importa seus grunhidos, eu vou e vou voltando, sou aflito em afirmar, meus passo ficam inquietos na promessa de descobrir seu chão.
Te amo, mesmo não tendo seu amor…
Autor: Carlos Monteiro
(Texto do Blog Parceiro Borboleta Do Inferno)

Amor-Perfeito

Meus olhos não se abriam de frustração

Minhas veias pulsavam dilaceração,
Precisava conhecer o ato de viver!
Para sair da nefasta solidão…

Minha garganta era seca e beirava amargura.
Os mistérios da vida davam-me medo!
Pois meus atos eram segredos,
Fechados em uma caverna escura…

Presos para ninguém encontrar
E meu coração abrandar.
Fugindo de um quem sabe “sofrimento”
Um ditado que sempre ouço falar…

Quem vive demais conhece a desilusão
Encontra os anseios da dor.
O olhar de seu pavor,
Fechando no padecer da coroação…

Mas isto é liberdade!
As palavras e sua voracidade,
Faz-me esquecer…
De tudo com total tenacidade.

Desejo um Amor – Perfeito
Com imagens e seus manuscritos,
Cessando internamente meus gritos…
De um ser que sempre foi imperfeito!

Autor: Carlos Monteiro
(Texto do Blog Parceiro Borboleta Do Inferno)

Agora, conheçam a história do gato ingrato!

Outro dia caminhava pela estrada… Meu destino era uma padaria. Tinha que trazer pães e leite, para o café matinal. Mas naquele momento, o cotidiano ganharia um status quo. Não sei por quê? Ou qual motivo? Eu encontrei um gato. Era todo preto. Estava escondido no meio do mato, um lugar que existia por aquelas bandas. Só o vi, devido meu faro de resgatar todos os detalhes, percebi que ele tinha alguma moléstia. Ele era muito feio!

Parecia que alguém o tinha jogado naquele lugar, possivelmente não tinha lar, não tinha comida, estava com fome, tadinho, que triste aquela vida. Seu miado demonstrava uma fraqueza… Tentei – me aproximar, mas ele fugia como um prófugo faz com seu exército, o medo abundante falava mais alto. Pensei: – Que gato ingrato! Quero somente ajudar. Ele olhava para mim, com olhos de reprovação é como se minha presença o oprimisse.
Diante da negativa dele, parei para refletir. Meu ser amanhecia todo dia, pensando no que fazer. O engraçado que depois das 24 horas, eu vivia o sofrer! Só fluía o sobreviver, nada de felicidade, esperava o ato final, a morte… Imaginei na simbólica justiça, para quem serve mesmo? Para mim? Para o gato? Para quem servia a justiça? Tudo pairava na solidão social. Na desigualdade, no imoral, na maldade.
 O gato olhava para meu imo, e repugnava meu íntimo. Depois acabou correndo, mesmo doente, ao meu lado não quis ficar. Diante disso, apenas relato que, “Essa foi à história do gato, maltratado, esculachado, medroso, sozinho, triste e ingrato”. Ai, aquele gato ingrato, que me viu e fugiu…

Autor: Carlos Monteiro

(Texto do Blog BORBOLETA DO INFERNO)

www.borboletadoinferno.blogspot.com.br

Apenas tentei…

Este pensamento ocorreu quando se acabou um relacionamento. Era minha primeira desilusão amorosa. Acreditava que o amor duraria para sempre. Uma pedra rochosa e ao mesmo tempo impenetrável. Acabei sendo tolo, por analisar os fatos desta maneira. Diante da separação quis voltar. Por isso apenas tentei…

Era noite, não me recordo o dia. Fui procurar pelo meu amor. Para expressar que jamais poderia fugir de mim, eu deveria ser o “grande” amor da vida dela. E por tal, lutaria com todo meu fervor. Aquela moça tinha sido minha salvação, conquistando assim meu coração. Elevando minha pessoa a ser novamente pudico. Contudo, ao terminar nosso relacionamento, minha visão contaminou-se com sensações nefastas.
Todas minhas ações mudaram depois que encontrei aquela bela mulher. Fiquei mais participativo em relação aos meus sentimentos. Pude – me conhecer mais profundamente. Conhecendo tanto, que após ela desfazer um amor tão bonito, uma dor enorme nascia no meu peito. Esta querela de sofrimentos me fez se perder no oceano da melancolia.
Perdi um futuro brilhante, não reluz mais nada no meu ser, vivo no obscuro da fatalidade dos perdedores. Necessito resplandecer mais uma vez, fui ensinado que devemos sempre amar. Mas nunca reprovado por querer amar! Sou racional? Sou imoral? Por sentir vontades de amar.
Na depressão do amor, criei até mesmo músicas. A canção que jorrava do coração. Eu colocava aquela moça acima de tudo, quando estava errado, pedia perdão, quando estava certo, pedia perdão. Então, porque ela foi embora?
Sem você, não vai dar para continuar, a estrada da vida começou a machucar, por favor, aceite meu convite de voltar!
Foi meu último pedido, desesperado para voltar a ter aquela mulher nos meus braços. O resultado era óbvio, ela disse não! Gritei de tanta dor, esperando que alguém me ouvisse. Que ela me ouvisse… Ninguém me ouviu!
Tornei-me um desesperado em busca de algo perdido. Chorei, chorei, chorei… As lagrimas não acabavam nunca. Por alguns dias fui um lixo social. Estava abandonado. Caindo em um buraco tão fundo, que não tinha uma só pessoa que me pudesse ajudar. Na queda me machuquei demais.
Foi quando percebi que se continuasse daquela maneira, não me valorizando, lutando contra mim mesmo, jamais sairia daquela sensação, à percepção do fracasso. Lutei com todas as minhas garras, as garras da salvação. Eu apreendi como ganhar um amor, perder um amor, se sentir um derrotado e se superar. Mas não me arrependi de nada que fiz.
Compreendi que ficar lamentando uma dor passada, no presente, é criar outra dor e sofrer novamente.
No entanto, além do aprendizado, fico embevecido com meu ato, pois no final, apenas tentei…

Autor: Carlos Monteiro

(Texto do Blog BORBOLETA DO INFERNO)

 


Amor

O destino colocou você em minha vida… Meu amor!

E por nada neste mundo vou – lhe perder,
Simplesmente contigo, virei um eterno trovador.
Seu amor é diferente e inocente,
Cheio de fronteiras e barreiras…
Mas superando tudo, você será o meu deleite.
Com a luz do seu sentimento, me encantei!
Com sensações que nutrem o jardim de meu coração,
A gritar em delírios por esta fascinação.
Sempre busquei um amor, e jamais encontrei… Droga que ira!
Só que agora, tenho certeza, eu achei… Acabou-se a agonia!
Por isso, não posso deixar a força deste amor – cessar.
Voe, cante, dance minha borboleta… Me de seu amor puro!
Tire-me deste local sombrio e escuro,
Pois momentos com o seu ser, “quero” passar…

Autor: Carlos Monteiro

(Texto do Blog BORBOLETA DO INFERNO)

www.borboletadoinferno.blogspot.com.br