Este pensamento ocorreu quando se acabou um relacionamento. Era minha primeira desilusão amorosa. Acreditava que o amor duraria para sempre. Uma pedra rochosa e ao mesmo tempo impenetrável. Acabei sendo tolo, por analisar os fatos desta maneira. Diante da separação quis voltar. Por isso apenas tentei…
Era noite, não me recordo o dia. Fui procurar pelo meu amor. Para expressar que jamais poderia fugir de mim, eu deveria ser o “grande” amor da vida dela. E por tal, lutaria com todo meu fervor. Aquela moça tinha sido minha salvação, conquistando assim meu coração. Elevando minha pessoa a ser novamente pudico. Contudo, ao terminar nosso relacionamento, minha visão contaminou-se com sensações nefastas.
Todas minhas ações mudaram depois que encontrei aquela bela mulher. Fiquei mais participativo em relação aos meus sentimentos. Pude – me conhecer mais profundamente. Conhecendo tanto, que após ela desfazer um amor tão bonito, uma dor enorme nascia no meu peito. Esta querela de sofrimentos me fez se perder no oceano da melancolia.
Perdi um futuro brilhante, não reluz mais nada no meu ser, vivo no obscuro da fatalidade dos perdedores. Necessito resplandecer mais uma vez, fui ensinado que devemos sempre amar. Mas nunca reprovado por querer amar! Sou racional? Sou imoral? Por sentir vontades de amar.
Na depressão do amor, criei até mesmo músicas. A canção que jorrava do coração. Eu colocava aquela moça acima de tudo, quando estava errado, pedia perdão, quando estava certo, pedia perdão. Então, porque ela foi embora?
Sem você, não vai dar para continuar, a estrada da vida começou a machucar, por favor, aceite meu convite de voltar!
Foi meu último pedido, desesperado para voltar a ter aquela mulher nos meus braços. O resultado era óbvio, ela disse não! Gritei de tanta dor, esperando que alguém me ouvisse. Que ela me ouvisse… Ninguém me ouviu!
Tornei-me um desesperado em busca de algo perdido. Chorei, chorei, chorei… As lagrimas não acabavam nunca. Por alguns dias fui um lixo social. Estava abandonado. Caindo em um buraco tão fundo, que não tinha uma só pessoa que me pudesse ajudar. Na queda me machuquei demais.
Foi quando percebi que se continuasse daquela maneira, não me valorizando, lutando contra mim mesmo, jamais sairia daquela sensação, à percepção do fracasso. Lutei com todas as minhas garras, as garras da salvação. Eu apreendi como ganhar um amor, perder um amor, se sentir um derrotado e se superar. Mas não me arrependi de nada que fiz.
Compreendi que ficar lamentando uma dor passada, no presente, é criar outra dor e sofrer novamente.
No entanto, além do aprendizado, fico embevecido com meu ato, pois no final, apenas tentei…