Saudade

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Só Digo Que Tenho Saudades Que Sinto Sua falta e Que Nada e Nem Eu Sou o Mesmo Sem Você!

O Mundo Gira, Corre e Dispara Em Velocidades Que Eu Não Consigo Alcançar.

Perco-Me Em Meio As Pessoas, As Frases, As palavras Ditas e As Silenciadas. Fujo de Tudo Que é Novo De Tudo Que me Assusta Quero Enfrentar Mas, Não Tenho Forças Tudo Porque Você Sumiu, Eu Sumi De Você.

Agora Estamos Longe, Fora de Sintonia, Tenho Receio De Olhar Em Seus Olhos e Você Não Me Reconhecer, Tenho Receio De Dizer Por onde Andei e o Que Fiz Não Que Seja Errado é Que Tudo Que faço Sem Você é Perca de Tempo, é Fútil e Sem Valor.

Quero o Espirito, Quero o Corpo, Os Olhos, Quero Também a Boca e As Mãos.

Quero Tudo, Tudo Mesmo e Por Fim Só Quero Lhe Dizer Que Tenho Saudades Que Sinto Sua falta e Que Nada e Nem Eu Sou o Mesmo Sem Você!

Prince

(Edson Rocha)

Caminhos

Não Há Caminhos Fáceis, Tudo é Questão De Ser Forte, Saber Lidar Com As Situações Sejam Elas Boas Ou Ruins, Não Há Caminhos Tranquilos, Tudo o Que Passas Em Tua Vida És Necessário Para Que Hajas Uma Vida, Não Queira Apenas Sobreviver e Sim Viver.

Quando Estiver Em Desalento Saiba e Tenha Certeza Que Batalhas Maiores Ainda Virão. Ainda Sem Rumo, Estou Pairando Na Vida, Não Que Eu Não Queira Me Mover é Que No Momento é Só Isso Que Eu Consigo Fazer.

Rezas, Preces e Todo Tipo De Ajudas Alternativas Não Acarretaram Em Nada. Tudo o Que Eu Quero é Que Esta Vida De Ilusão Pare, Ou Que Vire Verdade, Verdade Do Amor Encontrado, Da Vida Feita Da Saudade Que Foi Encerrada Apenas Seja Real Mas, Eu Sei Que Não Há Caminhos Fáceis, Não Há Caminhos tranquilos… Não Há Caminhos.

Prince

(Edson Rocha)

Infância

Infância, Doce Sabor Da Alegria, Quando a Felicidade De Instantes Podia Durar Horas Ou Até Dias.

Saudade Do Tempo Em Que Me Contentava Em Ser Milionário Apenas Com Algumas Moedas, Saudade De Quando Eu Pegava Carona Na Carruagem Rosa De Minha Parceira Desbravadora De Reinos e Cruzávamos o Mundo Apenas Indo De Um Bairro Ao Outro, Sinto Falta De Quando Eu Podia Confiar Nas Pessoas, Saudade De Quando Não Havia Ganancia, Saudade De Ser Ignorante e Não Conhecer o Amor Incerto, Desejos Vingativos, Mentiras, Guerras e Saudade De Não Ter Saudade.

Eu Só Quero Poder Voltar a Ter Medo De Escuro e Ter Medo De Entrar a Chamada Do Jornal Enquanto Estiver Passando Meu Desenho Favorito, Saudade De Ter Muitos Amigos Mesmo Eu Não Sabendo o Nome Deles o Os Chamando De “Coisinha”, Saudade De Ter o Desejo Incontrolável De Me Banhar Na Chuva Mas, Não Tenho Do Que Reclamar Ainda Tenho a Criança Em Mim e Com Ela a Meu Lado e Posso Ser Um Milionário, Ter Minha Carruagem, Dar a Volta Ao Mundo e Também Pude Ensinar a Ela Que Não Precisa Ter Medo Do Escuro, Que o Amor Incerto é Melhor Do Que Nunca Ter Amado e Que Há Diferença Entre Ganância e Ambição Por Fim, São Partes De um Mesmo Ser, Um Ensina o Outro a Ser Criança e o Outro a Ser Adulto.

Sinto Falta Da Infância, Doce Sabor Da Alegria, Quando a Felicidade De Instantes Podia Durar Horas Ou Até Dias.

 

Prince

(Edson Rocha)

Abandono De Alma

Não Me Fale De Traição,

Afinal ainda Não Quebrei Minha Palavra.

Apesar Da Necessidade o Desejo Da Carne Não é Nada, o Problema é Eu Trai-lo Em Espirito, Longe De Você Ficarei Vulnerável Para Que Outros Sejam Meu Aconchego.

Como Sabes Choro Por Tudo, Preciso De Alguém Para Abraçar e Você Não Estará Perto e Provavelmente Buscarei Conforto em Outros.

Tenho Medo De Passar a confiar Nesta Pessoa e Ela Acabar Virando Minha Necessidade e Você Ficar Para Trás Sendo Só Meu Companheiro e Não Meu Amigo, Minha Base… Meu Tudo.

Jamais o Trairia Apenas Por Desejos Triviais Mas, o Que Aconteceria Se Precisasse De Um Calor Para Sentar Do Meu Lado e Ouvir Meus Planos, Meus Sonhos Bobos Ou Apenas Ouvir Sobre Meu Dia e Não For Você?

O Que Vai Acontecer Quando Meu Coração Ficar Carente e Eu Precisar Ouvir Um Eu Te Amo Mesmo Sabendo Que Não é Verdade e Você Não Estiver lá Para Me Dizer Isso?

Ou Quando Eu Precisar Amar e Você Não Estiver Lá?

Quando Eu Precisar Tocar Em Seu Rosto e Suspirar Por Ter Você Toda Noite Ao Meu Lado e Você Não Estiver Lá?

Quando Eu Ficar Com Medo De Espíritos e Você Não Estiver Lá?

Quando Eu Precisar De Ajuda e Você Não Estiver?

O Que Será De Mim Quando Eu Acordar No Meio Da Noite e Te Procurar Pelos Lençóis e Você Não Estiver Lá?

Já Penso Em Morrer Só De Imaginar Que Você Não Estará Lá!

 

Prince

(Edson Rocha)

Carona Perigosa

John tirou férias do trabalho, e antes de pegar a estrada e encarar uma longa viagem para visitar seus pais, parou em uma lanchonete para usar o banheiro e comprar comida. John também queria comer algo no local, mas ao entrar no estabelecimento, todas as mesas estavam ocupadas, então ele sentou em um dos bancos junto ao balcão. Enquanto devorava um enorme hambúrguer, John não deixou de reparar nas pessoas que ali estavam. As mesas estavam ocupadas por famílias, jovens, idosos e, em outra mais afastada, havia um rapaz meio cabisbaixo, tomando sopa.

Terminado a refeição, John pediu algo para a viagem, e enquanto aguardava, ele foi ao banheiro. Ao voltar o lanche já estava pronto, John agradeceu a atendente, pegou o pacote e saiu. Enquanto se preparava para entrar no carro, John ouviu alguém chamar sua atenção. Era o rapaz que tomava sopa. Ele estava mostrando a carteira que John havia esquecido no balcão. John agradeceu muito ao rapaz, e disse que não teria como compensá-lo. O jovem falou que se John desse uma carona, já estariam quites. O rapaz que se chamava Sam carregava uma enorme mochila e disse que iria até uma vila, situada perto de uma estrada de terra que corta algumas plantações. John falou que levaria Sam até essa estrada e depois seguiria sua viagem. John notou que o rapaz não era de falar muito, e assim foi durante todo o percurso.

Ao chegar na estrada de terra, ela estava completamente irregular, e ao passar em uma enorme valeta, o pneu do carro furou. Empurraram o automóvel para o acostamento, John pegou o estepe, a chave de roda, mas não achou o macaco. Procurou, procurou, mas não encontrou. De fato, havia esquecido. John telefonou para um mecânico, e o rapaz que atendeu, disse que demoraria um pouco até chegar no local. Sam queria ir andando até a vila, mas John disse que logo chegaria ajuda e assim poderia levá-lo ao seu destino. Mas passaram algumas horas e nada do mecânico aparecer. John começou a reparar na inquietação de Sam e perguntou se havia algum problema. Sam disse que estava anoitecendo e ele não gostava muito do escuro. Mais uma hora se passou e nem sinal do mecânico, e Sam percebendo que a noite chegava, pegou sua mochila e disse que seguiria a pé. John perguntou por que ele não queria esperar, mas Sam falou apenas uma frase: “Vai ser melhor pra você”. John, que não entendeu o que Sam quis dizer, apenas ficou observando ele ir embora pela estrada.

A noite chegou e nada do mecânico aparecer. John, sentado sobre o capô do carro, sozinho em uma estrada de terra cercada por plantações de milho, nada podia fazer a não ser esperar. À medida que entardecia, ia ficando cada vez mais frio e uma densa neblina começava a se formar. Já ficando cansado, John entrou no carro, ligou o rádio, encostou a cabeça no banco e passou a cochilar.

Sem saber quanto tempo passou, John foi acordado por um barulho estranho vindo do meio da plantação. John olhou para todos os lados, mas não viu nada. Alguns segundos depois, John tornou a ouvir o mesmo som. Era como se um animal do porte de um tigre andasse pelo milharal. John desligou o rádio, fechou as janelas, e em silêncio, ficou apenas ouvindo os sons dos galhos serem quebrados e a respiração do animal que parecia ser enorme. De repente, John vê um vulto atravessar a estrada bem em frente ao seu carro. Não dava para enxergá-lo direito, mas parecia ser um cachorro muito grande que, por um instante, andou sobre duas patas.

Alguns minutos depois, quando aquele animal parecia ter ido embora, John vê as luzes de um carro vindo pela estrada, e por um instante sentiu-se aliviado. O veículo parou alguns metros atrás do carro de John, logo desceu um homem com uma lanterna e começou a caminhar em direção ao carro de John, mas alguma coisa chamou a atenção do homem. Ele clareou o milharal com a lanterna, mas, mal ele fez isso, e um assombroso cão saiu da plantação e pulou em cima dele. O animal começou a devorar o homem, e John apavorado, se encolheu todo no banco de trás do carro e ficou ouvindo o som da criatura destroçar o pobre coitado. Depois de alguns minutos o animal parecia ter terminado sua refeição, pois John ouviu o barulho do bicho adentrando o milharal. Ele percebeu que o animal estava indo embora pelos seus uivos pavorosos, pois iam ficando cada vez mais distantes. John passou o resto da noite encolhido no banco de trás do veículo.

Só pela manhã, John saiu do carro e encontrou o cadáver desmembrado do homem. Era o mecânico que ele havia chamado. John telefonou para a policia, que logo chegaram e encontraram a terrível cena. Os policiais estranharam a história, mas acharam impossível que John tivesse feito aquilo. John também contou sobre Sam, e só depois de procurar muito, encontraram uma barraca bem no meio da plantação. John reconheceu a mochila e também as roupas rasgadas que encontraram a poucos metros da barraca, eram todas de Sam. Os policias ajudaram John com a troca de pneu e disseram que continuariam procurando por Sam. John pode visitar seus pais com uma terrível história para contar.

Prince

(Edson Rocha)